Fora Temer

Fora Temer
Fora Temer

domingo, 26 de junho de 2016

Escolas Censuradas?

Muito boa a iniciativa do jornal eletrônico El País Brasilem trazer esse horror ao debate, tema este despercebido pela mídia das cinco famiglias: a Escola Sem Partido.

 “Liberdade de ensinar não se confunde com liberdade de expressão” - frase de deputado do PSDB autor da proposta.


Com o suposto de que estudantes estão sendo objeto de manipulação ideológica no interior das escolas, levada a cabo por educadores, o assunto mobiliza atores pornôs, jovens Kim KatagranadoPSDB, músicos decadentes que querem aproveitar holofotes do ódio para lançar-se e viver da política ou (já imaginou Lobão Senador?); por fascistas despudorados e gente que nunca se interessou por educação.

Discutir conteúdo curricular mínimo nacional é uma coisa; aproveitar o momento para avançar com esse projeto cuja mentalidade carece de realidade é perigoso.

Tal projeto, além de ignóbil, é uma resposta conservadora a nova onda de revoltas e ocupações de escolas em todo país por estudantes. O estúpido projeto é um NÃO a escola laica e livre de opressão de gênero.

O advogado que criou a associação pensa em estudantes passivos, que não abrem a boca para uma boa discussão sobre aquilo que o professor diz caso “ofenda a privacidade do aluno”. Ele parte do princípio de que aquele amontoado de jovens numa sala de aula é amorfa.

Seguem as matérias publicadas.
A educação brasileira no centro de uma guerra ideológica
Movimentos fazem leis contra a "ideologia nas escolas" e pedem que currículo básico passe pela Câmara

No Rio Grande do Sul, mobilização estudantil contra “Escola sem Partido”

Movimento teve vitória parcial e paralisou projetos, entre eles o que propõe privatizar escolas


RENATA AQUINO | PROFESSORES CONTRA O ESCOLA SEM PARTIDO
“Eles querem retirar a diversidade da escola”
Para a integrante do movimento que critica o Escola Sem Partido, o grupo de Miguel Nagib quer manter fora da escola o que contraria a moral cristã

“O professor da minha filha comparou Che Guevara a São Francisco de Assis”

Movimento Escola Sem Partido foi criado a partir da indignação de um pai com um professor


Mas, como afirmou o Sakamoto, o “Japonês do Mal” (esquerdista): “O bicho está pegando na educação. É tanto problema que você pode montar o seu combo: roubo de merenda, escolas ocupadas, universidades em greve (e quebradas), proposta de teto orçamentário ameaçando investimentos na área, Plano Nacional de Educação completando dois anos sem NENHUMA meta cumprida e por aí vai. Mas a julgar pelo que se passa na Congresso Nacional e na mídia, o grande mal da educação brasileira tem outro nome: “Doutrinação Político-Partidária”.



quarta-feira, 8 de junho de 2016

Reforma Política e Sociedade: hora de chamar a Conferência Nacional e Informal pela Reforma Política

Vi um dado de que, nestes últimos dois meses, ocorreram no país mais de 400 atos contra o golpe parlamentar-midiático. É uma pena eles se concentraram, em sua maioria, nas grandes e médias cidades. Há vida e militantes da democracia em todos os pequenos locais.

A radicalização da Democracia começa do lado de cá, de fora da política: na política em ação, informal, não institucionalizada.

Se o centro é uma Reforma Política, o poder revisório não pode ser daqueles que se beneficiam diretamente de privilégios, abusos e monopólios que precisam ser combatidos.

Desta forma, toda essa energia democrática pluralista – trabalhadores, mulheres, jovens, estudantes, sem teto, sem terra, artistas, professores e outros funcionários públicos – precisa ser canalizada em uma ação unitária, de presença nacional.

Fica a sugestão de que entidades sociais como UNE, UBES, MST, MTST, OAB, CNBB, CARITAS, CUT, Centrais Sindicais, associações de gênero, de arte e cultura, organizações locais e regionais, com presença junto às pessoas, organizarem uma CONFERÊNCIA NACIONAL PELA REFORMA POLÍTICA. Tecnologia social já existe. Exemplos como o Plebiscito da Divida Externa construiram aprendizado e capital social.

Tal conferência, de caráter informal, popular e social, deve ser antecedida de uma discussão que elenque os principais tópicos possíveis para o começo do debate.  Qual a reforma política necessária? A partir de então, convocar edições municipais, regionais, estaduais, setoriais, voltadas a construir as bases da proposta desejada.



Finalizando como um evento catártico nacional, uma conferencial nacional, aberta e plural, definindo a reforma política pró-ampliação da democracia, da participação social, rompendo com privilégios e monopólios dos profissionais da política.

Depois de um documento desse porte ser legitimado pela sociedade, começará a hora de pressionar as agendas dos partidos políticos e do Judiciário.

Nenhuma arquitetura social voltada a reforma política terá sucesso na ampliação e radicalização da democracia, revigoramento dos partidos e da própria Política sem esse desenho popular. O resto, é suspiro de crise ou reação conservadora.