Fora Temer

Fora Temer
Fora Temer

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Opinião: E a coalizão da sociedade civil terá bloco nesse Carnaval?


Pós-eleição, o mundo brasileiro continua indo. E parece que o verão está chegando (dias de baita calor!). Dilma, minha candidata, ganhou a presidência para mais quatro anos. Terá a presidenta se tornado uma pessoa política, mais do que técnica? Dialogará permanentemente com a Sociedade? SCapa da Revista Carta Capitalei lá. O fato é que os coxinhas finalmente descobriram que o Brasil é um país dividido.
Aécio perdeu porque sua militância não entende nada de Brasil.  Aécio ter ganho em Miami na proporção que teve de votos é emblemático nesta questão. O cerne da direita não entendeu que pouco funciona a estratégia incrementalista, de ficar com tudo o que é bom e melhorar mais, se toda a sua militância fundamental pede o fim da pouca redistribuição de renda e de mudança social dos últimos vários anos.  Mesmo quatro eleições perdidas, o principal opositor ao governo petista não foi capaz de criar uma só diretriz de visão de país. Quer dizer, não adiante o candidato dizer que vai manter Bolsa-Família, enquanto toda sua fina nata militante – revolucionários de Cashmere – grita a plenos pulmões escrotas discriminações contra o programa e seus beneficiários, exigindo sua extinção assim como outras políticas públicas. Falta uma Direita Moderna no País, ao mesmo tempo que falta uma Elite Moderna.
Os primeiros esboços foram dados: Dilma pede união; o COPOM aumenta taxa de juros; a imprensa quer impeachment; e o Congresso quer manter seus privilégios. Dilma vai ao Centro? Estará sentada à esquerda ou a direita do Deus_Mercado? Tudo implica em ampla mobilização de setores festivos e combativos que estiveram presente nas eleições, uma coalizão da sociedade civil em torno de determinadas pautas. Essa construção e prática social poderá fermentar um governo de centro-esquerda mais coerente; sem uma coalização de setores da sociedade, entretanto, a tendência, é uma acomodação política gangorra, ora pendendo a direita, ora ao centro. As coalizações civis precisam focar na ampliação dos Direitos Sociais, Políticos e Civis, formanda pautas para a agenda política brasileira, pressionando políticos e estruturas políticas, mobilizando pessoas pelo esclarecimento e adesão a estas pautas. Essas coalizões possuem efeito civilizatório.
Nesta semana, a canalhice do congresso venceu a participação social, perdendo o Decreto 8.243/2014 que institui a Política Nacional de Participação Social e a sociedade brasileira. Dizer que os conselhos, como os que existem desde 1988 através da Constituição Federal é algo comunista, bolchevique, bolivariano é no mínimo viver com a alma no parque dos dinossauros do mundo perdido, gente com alma saudosa nos dias de Guerra Fria, não entendo de outra forma senão como desinformação em puro estado de graça.
Toda Política Pública, assim como todo sistema político, só pode ganhar com o olhar da participação social. Diálogo, seja com o “povo”, seja com especialistas, faz mal a quem? Quem perde com maior participação social no acompanhamento e no melhoramento do Estado e de Políticas Públicas? Só PT, PCdoB, Psol e parte do PROS e Luiza Erundina (PSB) votaram a favor. O PSOL conta com meu apoio para seu projeto ora apresentado ao Congresso Nacional.
Dias após a sua vitória, fica claro que a esquerda festiva e a sociedade civil moderna e progressista deverá protagonizar dias de conflitos para que aprovar Reforma Política, Democratização dos Meios de Comunicação, Criminalização da Homofobia, Descriminalização da Maconha, Ampliação da Cidadania e dos Direitos Humanos, Mais Políticas Culturais, ampliação da integração regional, reestruturação total do sistema prisional brasileiro  e outras tantas pautas modernas e urgentes ao país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário