Fora Temer

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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Valeu, Mujica

“Querido pueblo, gracias. ¡Gracias por tus abrazos, críticas, cariño y, sobre todo, por tu hondo compañerismo cada una de las veces que me sentí solo en el medio de la Presidencia! No dudes que si tuviera dos vidas las gastaría enteras para ayudar a tus luchas, porque es la forma más grandiosa de querer la vida que he podido encontrar a lo largo de mis casi 80 años. No me voy, estoy llegando, me iré con el último aliento, y donde esté estaré por ti, contigo, porque es la forma superior de estar con la vida”(MUJICA).

Pepe Mujica já não é mais presidente do Uruguai.
...

SE governos medrosos como o brasileiro, que estão com seus limites arregaçados explodindo em contradições, como o caso do Partido dos Trabalhadores do Brasil, o pequeno Uruguai foi, em termos de política, um alento.

Enquanto governos como o brasileiro, o venezuelano e o argentino “dobram-se para esticar-se”, experiências na Bolívia, no Equador e no Uruguai tem se mostrado criativas e oxigenadas.

No caso específico do Uruguai, cito quatro leis que representam uma herança civilizacional de responsabilidade deixada por Pepe Mujica.
- Legalização do Aborto;
- Casamento Igualitário;
- Legalização da Maconha;
- Lei dos Médios;

Mas, não foi alimentando sonhos de hippies e maconheiros apenas... Dentro de seus anos como presidente, políticas educacionais e de habitação ganharam especial destaque. Pesquisando, encontram-se importantes políticas para afrodescendentes, também.

Foi responsável, já no primeiro ano, por uma impactante “modernização” do Estado uruguaio, a partir do Estatuto dos Servidores Públicos a pela aprovação da Lei de Parcerias Público Privadas.

Além disso, abriu território uruguaio para diversos refugiados, como os sírios, e recebeu prisioneiros de Guantámano, um dos pântanos morais estadunidenses. Foi um presidente com grandes esforços na integração latino americana, através do MERCOSUL e UNASUL.


Não foi um presidente que deixou de ser contraditório: nem todas suas promessas foram cumpridas, os serviços públicos especialmente na educação e saúde carecem de mais políticas, mas, ainda assim, possui um crucial papel simbólico num momento de desencanto com a política. Um exemplo: a anulação da Anistia Militar. Não deu.


A América Latina, entre direita e esquerda, volve sempre a experiências que priorizam um tipo de cidadania muito regulada pelo Estado, porém, sem grandes liberdades civis e políticas. O Estado não pode ser apenas “mãe”. Sempre bato nessa tecla já batida na academia: pelo conceito clássico de Cidadania (Marshall), o Brasil teria um longo percurso a seguir, com avanços políticos e de direitos civis.

Viva Mujica, humanista uruguaio. Bons momentos com Dona Lucía Topolanski, sua inseparável companheira de luta!

Para saber mais:


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